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Cálculo de Indicadores

Atualizado há mais de 2 semanas

Os indicadores de manutenção permitem avaliar a performance dos ativos e a eficiência da operação com base nos dados registrados na plataforma, como ordens de serviço, tempos de parada e janelas de operação.


Este artigo reúne todas as métricas calculadas pela plataforma, explicando como cada uma funciona e como interpretá-las corretamente.


Definições importantes

Antes de entender cada indicador, é essencial conhecer os conceitos que aparecem nos cálculos:

  • Falha: Ordem de serviço criada para um ativo, associada a uma categoria configurada com a opção “Incluir nos indicadores” ativada.

    Para entender como criar categorias, acesse este artigo.

  • Período filtrado: Intervalo de datas selecionado nos relatórios (ex.: últimos 30 dias, último trimestre). Todos os cálculos usam esse período como referência.

  • Downtime (Tempo de parada): Tempo total em que o ativo esteve indisponível devido a falhas. Calculado a partir das ordens de serviço com status de indisponibilidade. Se houver paradas sobrepostas, o sistema considera apenas a união desses períodos, evitando contagem dupla.

  • Uptime (Tempo em operação): Tempo em que o ativo esteve operando no período filtrado. É calculado subtraindo o downtime do tempo previsto de operação.

  • Tempo previsto: Tempo total em que o ativo deveria estar disponível no período filtrado.

    • Na disponibilidade padrão, considera-se operação 24h/dia.

    • Na disponibilidade operacional, considera-se apenas a janela de operação configurada.

  • Janela de operação: Configuração de dias e horários em que o ativo está programado para funcionar. Afeta diretamente a disponibilidade operacional.

  • Tempo de reparo (Repair Time): Tempo total necessário para reparar uma falha, contado desde o início até a conclusão da OS. Sobreposições entre reparos não são eliminadas.

  • Tempo para ação (Time to Action): Tempo entre a criação da ordem de serviço e o início do atendimento (ou a conclusão, se nunca iniciada).


Disponibilidade

A disponibilidade mostra, em percentual, o tempo em que um ativo esteve operando como esperado em determinado período.

Tipos de cálculo

Disponibilidade Padrão

Considera que o ativo deve operar 24 horas por dia, sete dias por semana. O tempo previsto (Expected Uptime) é o total de horas do período filtrado.


Exemplo: período de 30 dias = 720 horas previstas. Se o ativo ficou parado 72 horas, a disponibilidade será (720 – 72) ÷ 720 = 90%.

Disponibilidade Operacional

Considera a janela de operação configurada para o ativo, somando apenas as horas previstas no período filtrado.


Exemplo: janela de 8h/dia, 5 dias/semana = 160 horas previstas no mês. Com 8 horas de parada, a disponibilidade será (160 – 8) ÷ 160 = 95%.


Cálculo do Uptime

O Uptime corresponde ao período filtrado menos o tempo de parada (Downtime) registrado em ordens de serviço marcadas como indisponibilidade. Paradas sobrepostas são unificadas para evitar contagem dupla.

Regras de propagação

  • Falha em ativo filho → pai indisponível no mesmo período.

  • Falha em ativo pai → todos os filhos indisponíveis no mesmo período.

  • Falha em filho não afeta irmãos no mesmo nível.

Locais e linhas de produção

Para locais, a disponibilidade é a média dos elementos diretamente abaixo. Para linhas de produção, recomenda-se cadastrar a linha e seus componentes como ativos para garantir propagação correta.


MTBF – Tempo Médio Entre Falhas

O MTBF indica o tempo médio que um ativo permanece operando entre uma falha e outra.

Modos de cálculo

  • Período Total (Acumulado): considera desde a criação do ativo até o fim do período, incluindo falhas anteriores ao intervalo.

  • Período Selecionado: considera apenas tempo e falhas dentro do período escolhido.

Cálculo em ativos agrupados

Para locais ou ativos pai, o MTBF é a média dos MTBFs dos ativos diretos abaixo, evitando distorções no tempo total.


Confiabilidade

A confiabilidade mede a probabilidade de um ativo não falhar em um período definido, calculada com base no MTBF.

Quanto maior o MTBF, maior a confiabilidade. Alterar o período de confiabilidade nos relatórios muda a projeção.


Exemplo: MTBF de 20 dias e período de confiabilidade de 10 dias → confiabilidade de cerca de 60%.


MTTR – Tempo Médio de Reparo

O MTTR mostra o tempo médio necessário para restaurar um ativo após uma falha.

Como é calculado

Soma-se o tempo de reparo (Repair Time) de todas as falhas no período e divide-se pelo número de falhas.


Exemplo: tempos de reparo de 4h, 2h e 6h → MTTR = (4 + 2 + 6) ÷ 3 = 4 horas.

Sobreposições entre reparos não são removidas, pois cada falha é contada separadamente.

Cálculo em ativos agrupados

Segue a lógica de média dos valores dos ativos diretos.


MTTA – Tempo Médio para Ação

O MTTA indica quanto tempo leva, em média, para iniciar a execução de uma ordem de serviço após sua criação.

Como é calculado

  • Criada por solicitação: tempo entre a criação da solicitação e o início da OS (ou conclusão, se nunca iniciada).

  • Criada diretamente: tempo entre a criação da OS e o início (ou conclusão, se nunca iniciada).

Exemplo: OS criada no dia 1 e iniciada no dia 3 → MTTA = 2 dias.

Cálculo em ativos agrupados

Média dos MTTAs dos ativos diretos abaixo.


Gráfico de Ativos Disponíveis x Indisponíveis

Esse gráfico mostra quais ativos tiveram qualquer período de indisponibilidade no intervalo filtrado.


Se um ativo aparece como “Indisponível”, significa que houve pelo menos uma parada registrada, não que ele esteja parado no momento.


Observações importantes

  • O cálculo de todos os indicadores respeita o período filtrado.

  • Se o ativo foi criado após o início do período, o cálculo começa na data de criação.

  • Apenas ordens de serviço com a opção “Incluir nos indicadores” ativada são consideradas.

  • Alterar filtros nos relatórios atualiza os valores imediatamente.

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